sábado, 21 de março de 2009

Acho que esse blog tá ficando um pouco estranho...

Claro que a culpa é minha...quando vou aprender???
O medo, como atrativo.
Como algo sem sentido, indiferente,
adormeço em meu ninho, chorando baixo.
Acaricio meus sonhos, cantando
melodias suaves que se vão indo...
Que medo dos dias cheios de vazios...
Sorte eu ter companhia, imagino.
Gosto de ver pela janela
os pássaros, lá fora, voando,
num ensolarado dia de domingo.
Esqueço o medo por um instante, sorrindo
e imagino por que faço isso comigo...
Os pássaros gorjeiam e batem-se
nos vidros das janelas, assustando,
os meus pensamentos, que vão embora,
pelo buraco deixado, por eles,
na parede do meu peito.
TALVEZ DEVESSE ESPERAR

Tudo o que eu não queria,
era ser assim.
Talvez, se eu fingisse,
conseguiria gostar mais de mim.
Afinal, quem sou eu?
Para que sirvo,
se sirvo-me de tanto mal?
Faço planos e traço metas
e concluo que,
de mil consolos,
nenhum deles conforma.
Apenas o quarto escuro
liberta-me do agora.
Que momento triste aquele,
que se foi embora.
E agora?
Quem bate à porta?
...Substituindo todo o meu orgulho tácito,
Sobrepujando todo o meu jeito mais incômodo,
Resolvo fazer, pelo universo fanático,
Uma última poesia, num tom satírico.
Assim, na beleza sublimar dessa caos lúgubre,
Encontro a sutil semelhança, com "s" minúsculo,
Entre a felicidade extrema do meu momento único,
E a perversidade deste resto túmido.
Mas é a última vez que fico assim, intrépida,
Para falar desse sentimento típico,
De um mundo sem controle, carnívoro.
E, se nenhum dos meus desejos for posto em prática,
Prefiro deixar de querer, no meu íntimo,
O meu próprio bem-estar, impávido...