segunda-feira, 8 de março de 2010

O MAL, DESINIBIDO

Não posso dizer que a tentativa
de esquecer o meu passado,
tenha nsido feita de graça.
Por pouco, não a fiz calar,
dentro da minha mente, sufocada.
O brilho do sol parece novo,
nestes dias chuvosos de primavera.
Faz-me esquecer daqueles outros dias
que se pareciam com cenas de um filme qualquer.
Quanta amargura pode estar contida
na lembrança de atos pueris?
De cada poro do corpo, o suor,
por pura maldade,
desliza, em zigue-zagues hostis.

EU E MEU EU

O silêncio é meu amigo, compassivo,
meio desalinhado, violento, desfigurado.
Sofro no silêncio.
A traição e o engano.
Isso consome a minha alma
e torna-me louca, debilitada,
sem prazer em mais nada.
Ouço cataratas dentro de mim
quando o silêncio está aqui.
As angústias e queixas
da inquietude do meu ser,
causam espanto e atormentam.
Mesmo nesse momento,
algo bate aqui dentro.
É o coração,
dizendo à mente para ficar em silêncio.

SEGUIR EM FRENTE

Mas mesmo assim vou indo em frente,
pensando em todas as coisas que eu tenho pra viver.
Viver, na vida, alegremente,
sem ter medo, sem sofrer.
E depois, de que me importa,
o que os outros vão pensar?
Por isso, vou seguindo,
nessa estrada, que alucina,
que me faz querer, ainda,
fantasiar meus sonhos,
inquietantes, e não mais parar.
Espero, sim, um dia,
saciar essa vontade e dar espaço à mente,
e respirar fundo, enfim, a brisa.
Sim, a brisa, essa do dia-a-dia...