sábado, 10 de outubro de 2009

ENTERRADO

Um retângulo, parado em minha mente.
Reto, sepultado, sem paredes.
Cada ponto dos seus riscos,
conta coisas que duvido.
Sou eu ali deitada, cabisbaixa, acanhada?
Falei baixo no espaço recortado.
Cada traço acompanhado de passado.
Quatro, na verdade, transformados,
num só laço a sete palmos do terraço.
Dividi o retângulo em dois e fiz quadrados.
Tracei a linha que caiu pelo penhasco,
vociferando nas entradas inexistentes de cada buraco,
tomado quadrado ao quadrado.
Disso tudo, nada resta a ser lembrado.
Nada resta para ser contado?
Devaneios persistem engodados.
A imaginação, amiga, viaja longe.
Longe de mim, no calmo horizonte.
Horizonte que segue reto, sem acabar.
Acabar com a alucinação, mal-estar.
Estar de bem com a vida e poder sonhar.

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